segunda-feira, 20 de abril de 2015

Eu não sou Verônica!

Eu não sou Verônica! Eu jamais tentaria assassinar à pauladas uma idosa indefesa de 73 anos que estava em sua casa trabalhando, porque no Brasil idosas - mesmo brancas, mesmo heterossexuais - muitas vezes são pobres também e precisam trabalhar quando idealmente deveriam ter condições de aproveitar uma aposentadoria digna. 

“Ai! Você é a favor da violências policial!”

Bem, levando em consideração a violência no Brasil eu tenho lá minhas dúvidas sobre a possibilidade de existir uma polícia 100% pacífica que trabalhe resgatando gatinhos em árvores e dando informações para turistas perdidos. Mas não, não defendo violência policial indiscriminada, não defendo abuso de poder, não defendo que “bandido bom é bandido morto”. 

“Você não viu o que fizeram com ela na cadeia?”

Vi as fotos sim, preferiria não ter visto, mas vi. Eu vi, mas não sei o que aconteceu. Não sei exatamente o que houve para ela ficar naquele estado. Isso precisa ser investigado. 

“Ela foi vítima de transfobia!”

Você tem certeza disso? A violência nos cárceres no Brasil atinge praticamente toda a população carcerária. Eu vi a foto da Verônica. Mas já vi também fotos de cabeças de prisioneiros decepadas. Já vi fotos de corpos destroçados de prisioneiros. Já vi o choque entrar num presídio e executar mais de 100 pessoas. A violência brutal contra presidiários atinge todos que estão nas cadeias brasileiras. Será que a transfobia explica o que realmente aconteceu com Verônica? Eu não sei. E por isso retomo o que disse: precisa investigar.

“Reaça!”

Ah, ok. 

“RadFem transfóbica!”


Se você acha que devemos eleger de maneira precipitada uma mártir para efetivamente combatermos o preconceito contra a comunidade LGBT ok, pode me chamar de “RadFem transfóbica”. 

Veja aqui a versão da idosa agredida (fotos fortes!)

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