segunda-feira, 1 de abril de 2013

O perigo pode vir do espaço - o meteoro russo e as chances de um apocalipse


No dia 15 de fevereiro de 2013 os moradores da cidade de Chelyabinsk, nas proximidades dos Montes Urais, foram surpreendidos por um corpo celestial que entrou sorrateiramente na atmosfera terrestre e causou prejuízos na ordem de 25 milhões de euros e deixou muitas pessoas feridas, felizmente ninguém foi mortalmente ferido, mas o susto foi grande e trouxe à tona uma pergunta que nos intriga: quais são as chances de um meteoro nos atingir e eliminar a vida na Terra? 

O meteoro se fragmentou logo quando entrou em contato com a atmosfera terrestre e gerou uma energia de aproximadamente 500 kilotoneladas de TNT, mais poderosa que a energia gerada pela bomba lançada pelos EUA na cidade de Hiroshima. Menos mal que ele tenha se fragmentado, segundo estimativas da NASA o treco tinha 17 metros de diâmetro e 10 mil toneladas de massa! Imaginem se ele atingisse inteiro a Rússia a uma velocidade de 18 km.s-1 ? (Fonte) Melhor nem especular. 

Então você pode estar se perguntando: "com todos os satélites que existem na nossa órbita, como não prevemos isso?" Pois é, não dá para monitorar todos os corpos celestes que se aproximam do nosso pequeno planeta azul. Segundo cientistas, deve existir pelos menos uns 100 grandes corpos celestes potencialmente perigosos nos rondando e que ainda não foram descobertos. A NASA já conseguiu catalogar 784 grandes objetos com mais de 1 quilômetro (aham, você leu certo) de diâmetro (fonte). Se um desses 784 objetos monstruosos nos atingissem seria uma verdadeira catástrofe, mas os que realmente assustam são aqueles 100 que ainda não encontramos... a propósito, eles podem ser mais de cem, estamos falando aqui de estimativas. 

Nosso querido planetinha já foi atingido por um asteróide de uns 10 quilômetros de diâmetro há 60 milhões de anos e o resultado foi uma grande extinção que varreu do mapa - o mapa da época, claro - grandes animais que costumamos chamar de dinossauros. Tá, nem todos foram extintos, mas o impacto para o planeta foi devastador e mudou os rumos da evolução. Os cientistas especulam que esse tipo de evento se repete a cada 100 milhões de anos, se eles estiverem certos ainda temos 40 milhões de anos para encontrarmos uma forma eficiente de detectar essa ameaça e eliminá-la a tempo. Mas nada elimina a possibilidade de sermos pegos de surpresa, e o meteoro de Chelyabinsk mostrou que estamos mais vulneráveis do que gostaríamos. Ora, mesmo que um corpo de mais de 10 quilômetros escapasse das estimativas e entrasse em rota de colisão com a Terra daqui há alguns poucos anos, estamos preparados para lidar com ele e evitar a morte de milhões, bilhões de pessoas? Sei não...

Imagens da destruição causada pelo meteoro na Rússia


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